A Polícia Federal concluiu que houve crime de ameaça nos e-mails encaminhados a diretores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em novembro. O texto destinado a diretores do órgão questionava a possibilidade de liberação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos. A PF encaminhou o documento com as conclusões para a Justiça Federal e para o Ministério Público.
O pai de uma criança do Paraná foi o responsável pelas ameaças sofridas pelos diretores da Anvisa. No e-mail, também enviado a instituições de educação do estado, o homem afirma: "quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho: será morto". "Isto não é uma ameaça. É um estabelecimento. Estou lhes notando por escrito porque não quero reclamações depois", continua o homem.
A mensagem foi enviada em 28 de novembro e a Anvisa "oficiou imediatamente às autoridades policiais e ao Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, para adoção das medidas cabíveis", segundo a agência.
Outras ameaças
Na segunda-feira (20), a Polícia Federal abriu mais um inquérito sobre ameaças feitas a servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A investigação será conduzida pela Superintendência Regional da Polícia Federal do Distrito Federal.
No domingo (19), a Anvisa informou que, em razão da autorização dada pela agência para que a vacina da Pfizer contra a Covid-19 seja aplicada em crianças entre 5 e 11 anos de idade, os servidores do órgão receberam diversos ataques.