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O Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) será palco, nos dias dez e 11 de dezembro, de uma viagem ao tempo para homenagear os Beatles. Nestes dois dias, as canções do quarteto de Liverpool serão apresentadas pelo Coral da Universidade. As apresentações terão início às 20h.
O valor da entrada é a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis. Nos próximos dias, serão divulgados os locais para a troca pelos ingressos.
O espetáculo, que faz parte da comemoração dos 46 anos da UFMT, é regido pela maestrina e diretora artística Dorit Kolling. Este período que antecede à apresentação é marcado por intensos ensaios diários com os 50 integrantes do grupo, no qual são repassadas as canções, as marcações e as coreografias.
Para a execução do trabalho, o Coral contou com a ajuda do preparador cênico argentino Reynaldo Puebla, um dos maiores especialistas em direção cênica para corais, e assistência da cantora e produtora paulistana Ana Abe. Ambos passaram dez dias em Cuiabá ensaiando e preparando os coralistas para o espetáculo.
Dorit Kolling explica que o repertório do concerto “Coral UFMT Canta Beatles” é composto por 17 canções e inclui participações especiais, iluminação e figurino, que ajudarão a contar um pouco da história dos meninos de Liverpool. “A escolha do grupo se deve à riqueza musical e artísticas deles, e também pela possibilidade de arranjos vocais inigualáveis”, explica.
O repertório é composto por canções inesquecíveis como “Hey Jude”, “Let it Be”, “Hello Goodbye”, “Here comes the sun”, “Michelle”, “Can´t buy me love”, “Yesterday”, “Yellow Submarine”, entre outros. Nas duas apresentações, os coralistas serão acompanhados por uma banda formada por Ricardo Kalan Schwarz (bateria e percussão), Augusto Krebs (violão clássico), Nelson Cunha (baixo) e Rodrigo Cavalcante (piano e teclado).
Preparação
Argentino radicado há 30 anos no Brasil, Reynaldo Puebla acumula vasta experiência com coros, implantando e dirigindo diversos grupos pelo país. O diretor cênico ressalta que o trabalho desenvolvido com o Coral UFMT foi muito significativo e enriquecedor. “Gostei muito do resultado, principalmente pela intensidade e dedicação que os cantores colocam, o que auxilia e melhora muito o meu trabalho. Foram momentos de muita cumplicidade entre coro, preparadores e maestrina, que tem conhecimento e é uma grande auxiliar cênica”, destacou.
Segundo Reynaldo Puebla, os cantores puderam conhecer melhor seu corpo, sua voz, suas emoções. “O expectador irá compartilhar todo esse trabalho com o cantor, com muita emoção”, enfatiza, destacando que as músicas dos Beatles são clássicas. “Por isso, fomos buscar a alma e a poesia, que existem em cada uma delas, e fizemos uma releitura desse universo para apresentar no espetáculo, então será os Beatles de Cuiabá, uma versão nossa para a cidade”, frisou.
Ele contou ainda com o apoio da produtora e sua assistente de produção Ana Abe, que o acompanha desde 2009. Formada em Publicidade na Faculdade Álvares Penteado (FAAP), ela participou de espetáculos do Centro Experimental de Música, no Sesc Consolação (SP), e cantou nos Laboratórios Corais de Itajubá e nos coros Belas Artes, Trato no Tom e Maria.
Para ela, as expectativas na preparação foram superadas. “Os cantores são muito dispostos, abertos à todas as propostas de trabalho e de preparação. Nós trabalhamos e nos divertimos muito juntos”, garantiu.
De acordo com Ana Abe, montar o espetáculo com canções dos Beatles, que remetem há vários tipos de memórias e de sensações, irá resultar em um show inesquecível. “O público irá se emocionar, cantar junto, ter uma noite muito divertida”.
Emoção
Cristina Brauner, contralto, que faz parte do Coral desde 1988, diz que o grupo está muito satisfeito e feliz com o trabalho desenvolvido pelos preparadores e pela direção do Coral. “Nosso desejo é de que o espetáculo fique lindo, que o público compareça ao teatro e que se emocione e se divirta junto com a gente, porque estamos preparando tudo com muito carinho”.
O músico Augusto Krebs, 24 anos, um dos convidados para compor a banda no concerto, diz que cresceu ouvindo Beatles. Ele, que começou a tocar na noite em bares de rock’n’roll em Cuiabá, integrando diversos projetos deste gênero musical durante a adolescência, aceitou o convite como uma grande oportunidade. “Fiquei lisonjeado pelo convite para tocar com o Coral, que tem muito prestígio. Alguns amigos tiveram essa chance e comentaram que é uma grande experiência. Então, quando chegou a minha vez fiquei muito surpreso e feliz.”
Para ele, o repertório conta com arranjos especiais para Coro e requer habilidades e bastante estudo. “Mas acredito que tudo saíra perfeito e o público pode esperar um grande espetáculo”, afirmou o músico, destacando que 2016 foi um ano de experiências exitosas profissionalmente para ele, e que fechará com chave de ouro.
Coral UFMT
O Coral da UFMT desenvolve, há 36 anos, um trabalho musical voltado aos estudantes de diversos cursos da universidade, professores, servidores e comunidade em geral. O repertório é variado e abrange a música erudita, popular, folclórica, sacra e regional, além de peças sinfônicas.
Desde que foi criado, em 29 de abril de 1980 pelo então reitor Gabriel Novis Neves e pelo vice-reitor Benedito Pedro Dorileo, o grupo já realizou concertos no Uruguai, no Paraguai e na Argentina. No Brasil, foram centenas de apresentações, tanto em Mato Grosso como no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, na Paraíba, em Sergipe, no Pernambuco, em Mato Grosso do Sul, em Goiás, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Em seu currículo, destaca-se a participação na primeira ópera produzida no Estado, “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart, juntamente com a Orquestra Sinfônica da UFMT, em 2006. No ano seguinte, realizou a cantata profana “Carmina Burana”, de Carl Orff. Além disso, vários cantores solistas dividiram o palco com o Coral UFMT, a exemplo dos músicos Maurício Detoni, Marcela Mangabeira, Henrique Maluf, Iasmin Medeiros, Helen Luce Campos, Jayana Paiva, Helberth Silva e Eduardo Sant’Anna.
O Coral da UFMT está sob a supervisão de Naíse Santana, tendo como preparador vocal André Vilani. O grupo, que já teve como regentes o maestro Peter Ens e Vilson Gavaldão de Oliveira, está, desde agosto de 1989, sob direção artística e regência da maestrina Dorit Kolling.