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Policias civis são contra reforma do INSS
14/03/2016 08:35 em Novidades

Fonte: Gazeta digital

Fernanda Leite, repórter do GD

Delegados, investigadores e escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira (7) contra a reforma da Previdência Social. A medida prevê uma contribuição de 49 anos para uma aposentadoria integral.

O texto está nas mãos do presidente Michel Temer (PMDB) e segue para o Congresso Nacional para a aprovação. 

Conforme o presidente do Sindepo, Wagner Bassi Júnior, as principais proposições são: o fim da paridade,

 inclusive para quem já faz jus à aposentadoria; estabelecimento de uma idade mínima de 65 anos, inclusive para aqueles que já forem servidores ativos (haverá regra de transição apenas para quem já conta com 50 anos de idade); unificação dos limites remuneratórios dos regimes de previdência, os quais terão como teto aquele vigente no regime geral do INSS (provavelmente atingirá apenas os servidores que ingressarem após as mudanças); aumento da alíquota previdenciária, possivelmente para o valor de 14% e o fim de todas as disposições próprias do regime especial de aposentadoria (no caso manteria regras próprias apenas para quem tem risco concreto, como por exemplo, técnico de raio x e para os militares.

"É uma notícia assustadora. Analisamos as minutas e está clara que eles querem destruir as policias do país. Somos uma profissão de risco e ninguém vai querer ser policial. Eles querem mostrar que ser polícia não é uma profissão de risco. Vamos ter uma delegacia com todos envelhecidos. Um policial de 50 anos não e o mesmo do que um trabalhador comum. Lidamos com emoções por causa dos crimes graves contra crianças e idosos e assassinatos. Temos que conter as emoções e os problemas psicológicos surgem em alguns. É só você ver o quanto de policias com  problema de saúde", avalia Bassi. 

Tanto a Polícia Civil  quanto a Polícia Federal, brigam para conseguir os mesmos direitos dos militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que não serão atingidos pelas novas regras. 

A mobilização ocorreu em todo país. Em Cuiabá o ato ocorreu em frente a Diretoria da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

Quanto aos policiais militares e bombeiros, a previdência dependerá das regras da legislação estadual.

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