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Cessar-fogo na Síria volta a ser respeitado após confrontos no início
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Publicado em 30/12/2016

Acordo para cessar-fogo entre Rússia e Turquia havia sido assinado nesta semana. Guerra tem quase seis anos de duração.


Um cessar-fogo na Síria de âmbito nacional mediado por Rússia e Turquia, que apoiam lados opostos do conflito, aparentemente estava sendo mantido no início desta sexta-feira (30) após um início turbulento durante a noite, na mais recente tentativa de se acabar com uma guerra de quase seis anos de duração.

Soldados do exército sírio disparam suas armas durante uma batalha em Ramouseh, leste de Aleppo. (Foto: AP Photo/Hassan Ammar)Soldados do exército sírio disparam suas armas durante uma batalha em Ramouseh, leste de Aleppo. (Foto: AP Photo/Hassan Ammar)

Soldados do exército sírio disparam suas armas durante uma batalha em Ramouseh, leste de Aleppo. (Foto: AP Photo/Hassan Ammar)

O presidente russo, Vladimir Putin, aliado-chave do presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciou o cessar-fogo na quinta-feira após fechar um acordo com a Turquia, um apoiador de longa data da oposição.

Monitores e uma autoridade rebelde relataram a ocorrência de confrontos entre insurgentes e forças do governo quase imediatamente após a entrada em vigor da trégua, à meia-noite do horário local (20h no horário de Brasília). Horas depois, no entanto, a calma prevalecia nas áreas incluídas no cessar-fogo, segundo eles.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos podem entrar no processo de paz depois que o presidente eleito Donald Trump tomar posse, em 20 de janeiro. Ele também disse querer a participação de Egito, Arábia Saudita, Catar, Iraque, Jordânia e da ONU.

Diversos grupos rebeldes assinaram o acordo, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.

 

Guerra na Síria

 

Mais de 290 mil pessoas morreram na guerra civil que começou há 6 anos. Os EUA apoiam os rebeldes moderados e curdos que lutam na Síria, além de liderar a coalização internacional que bombardeia alvos do Estado Islâmico no país. Já a Rússia apoia o Exército do presidente Bashar al-Assad.

Uma trégua anunciada em fevereiro entre os inimigos da Guerra Fria entrou em colapso e diálogos de paz ruíram, com o governo sírio e a oposição fazendo acusações mútuas de violações. Os confrontos têm crescido desde então no país, particularmente na cidade dividida de Aleppo, onde os avanços de ambos os lados cortaram suprimentos, energia e água para cerca de 2 milhões de moradores de áreas pró-governo e favoráveis aos rebeldes.

A cidade está dividida em duas desde julho de 2012: a leste ficam os bairros rebeldes e a oeste os bairros controlados pelo regime. Os bombardeios de aviões do regime sírio e de seus aliados russos são lançados diariamente. O regime é acusado pela Defesa Civil da Síria, uma organização de agentes de resgate que opera em áreas controladas por rebeldes, por lançar bombas-barril contendo gás cloro em Aleppo.

Em agosto, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou sobre o que chamou de uma “catástrofe humanitária” sem precedentes em Aleppo.

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